quarta-feira, 25 de julho de 2007

Deputada Estadual Maria Lúcia Amary participa
de programa de rádio na cadeia de Votorantim



Deputada Maria Lúcia Amary (esquerda) concede entrevista para a reeducanda Viviane Fernandes (direita)

A entrevistada desta semana no Programa "Povo Marcado" é a Deputada Estadual Maria Lúcia Amary (PSDB/SP). A parlamentar teve oportunidade de explicar quais ações são desenvolvidas na Assembléia Legislativa de São Paulo no sentido de melhorar as condições de vida das detentas. Questões como disponibilidade de médicos, materiais de higiene, limpeza, roupas, atendimentos psicológico e odontológico, entre outras, foram feitas pelas reeducandas à Deputada. Temas como violência contra a mulher, aumento da criminalidade entre os jovens, ressocialização de detentos, superlotação das cadeias e construção de um presídio feminino na cidade também foram abordados.
Foi a primeira vez que a deputada visitou o local, uma chance para conhecer de perto alguns problemas enfrentados pelas presas. Maria Lúcia se prontificou a elaborar um projeto que visa tornar a vida delas menos precária. Ela também considerou importante a repercussão que pode ser obtida pelo programa de rádio e aproveitou para sugerir temas de entrevistas às reeducandas.
O "Povo Marcado" é produzido e apresentado pelas detentas da Cadeia Feminina de Votorantim e traz ainda quadros como o “Arte da Cadeia”, com leitura de textos e poesias escritos e recitados pelas próprias detentas, depoimentos e programação musical variada. O projeto é uma parceria da Prefeitura Municipal de Votorantim, por meio da Secretaria de Cultura, com a Delegacia Central da mesma cidade e que conta com o apoio de voluntários.
Em Votorantim, o programa vai ao ar pela Rádio Nova Tropical FM (105,9 Mhz) às quintas-feiras, ao meio dia, com reprise aos sábados no mesmo horário. A partir desta semana, todos os programas também já estarão disponíveis no site da Rádio Câmara (www.camara.gov.br/radio). Rádios conveniadas à emissora da Câmara dos Deputados de Brasília podem veicular a atração.
As presas que integram o projeto têm a orientação voluntária da doutora em Comunicação, Míriam Cris Carlos, da jornalista Luciana Lopez com auxílio técnico de Davi Alamino e José Carlos Balotim. A coordenação geral é do jornalista Werinton Kermes. Os ouvintes podem sugerir temas através do blog: povomarcado.blogspot.com

Luciana Lopez
Fotos: Marcos Ferreira

terça-feira, 24 de julho de 2007

Jornal Cruzeiro do Sul




Abner Laurindo
[ Redação Cruzeiro do Sul ]
[ 24/07 ]


Presas têm programa de rádio
retransmitido para 1.050 emissoras

O programa de rádio “Povo Marcado”, produzido e apresentado por detentas da Cadeia Feminina de Votorantim, passou a ser retransmitido por mais de mil emissoras de rádio brasileiras. Parte do projeto “Arte em cadeia”, o programa é desenvolvido pela Secretaria de Cultura, Delegacia Central e o apoio de voluntários. Para ampliar o alcance do programa foi firmado, há duas semanas, uma parceira entre a Rádio Câmara, em Brasília (DF). O acordo foi assinado entre o secretário de Cultura de Votorantim, Werinton Kermes, e o diretor da emissora da Câmara, Humberto Martins Pereira. Com isso, a programação da rádio local pode ser apreciada por ouvintes de 1.050 emissoras brasileiras.
Inicialmente, o programa ia ao ar somente por uma rádio de Votorantim, todas as quartas-feiras ao meio-dia. No conteúdo do “Povo Marcado” há programação musical e entrevistas com autoridades, médicos, advogados, entre outros. Os temas são variados, mas têm como principal objetivo levar até o ouvinte a situação do sistema carcerário. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura e já divulgado pelo Cruzeiro do Sul anteriormente, a iniciativa é pioneira no país. As gravações ocorrem às terças-feiras no “estúdio-cela”, um local improvisado no pátio interno da cadeia.
O programa tem também o quadro “Arte da cadeia”, oportunidade direcionada à leitura de textos e poesias, escritos e recitados pelas reeducandas. Para as presas, é uma chance de mostrar à sociedade o que se passa por trás das grades. “Ficamos surpresas com a repercussão gerada, o que era para ser um projeto de alcance regional tornou-se nacional. Queremos levar isso adiante e quem sabe fazer com que a sociedade não nos subjulgue e que o preconceito em relação aos encarcerados diminua”, desabafou Viviane Fernandes, apresentadora do programa e que cumpre pena há dois anos.
Programa na internet
Além de reproduzido pelas 1.050 emissoras de rádio conveniadas ou mediante citação da rádio, o “Povo Marcado também está disponível aos internautas, no site da emissora (www.camara.gov.br/radio). Segundo Kermes, a parceria que viabiliza a iniciativa comprova que o projeto tomou proporções maiores do que se esperava. “A repercussão do programa foi muito boa, a sociedade foi receptiva, a mídia se interessou em divulgar e esperamos que o “Povo Marcado” ajude a mudar a realidade do atual sistema carcerário brasileiro”, salientou.
Outra ferramenta pela qual os ouvintes podem sugerir temas e deixar comentários sobre o projeto é via blog, no endereço www.povomarcado.blogspot.com. As presas que integram o projeto têm a orientação voluntária da doutora em comunicação Míriam Cris Carlos, da jornalista e radialista Luciana Lopez, e auxílio técnico de Davi Alamino e José Carlos Balotim. Rádios que queiram obter mais informações sobre o programa e acrescentá-lo em sua programação podem entrar em contato com a Secretaria de Cultura de Votorantim, pelo telefone (15) 3353-8669.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Matéria Jornal BOM DIA



Sorocaba, segunda, 23.7.2007
22/7/2007
Jacqueline França

Maria Lúcia Amary cria projeto
de amparo às mulheres detentas
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A deputada estadual Maria Lúcia Amary (PSDB) está elaborando um projeto de lei que prevê atendimento de saúde às mulheres detentas de São Paulo. O anúncio foi feito, semana passada, durante entrevista concedida à rádio da Cadeia Feminina de Votorantim.
A proposta será apresentada à Câmara logo após o retorno do recesso. O objetivo é que seja criado um Programa de Saúde Integral, com consultas periódicas de ginecologia, odontologia, além de serviços esporádicos que sejam necessários. “Esse trabalho seria responsabilidade do Estado com a possibilidade de parceria com o município”, explica ela.
Novo presídio
Além disso, a deputada falou sobre a possibilidade da construção de um presídio regional para melhorar as condições de vida das internas. “Em Votorantim as mulheres vivem precariamente em um espaço superlotado”, analisa.
Maria Lúcia explicou que já se reuniu com representantes da Prefeitura de Votorantim para definir os detalhes do local.
Ela disse ainda que a área já está definida e que a capacidade será para mais de 500 pessoas, mas não há data para o início da obra. “Certamente, esse presídio vai desafogar as cadeias da região e oferecer um pouco de dignidade às presas”, acredita.
A deputada sorocabana considerou positiva a iniciativa de criar um programa de rádio apresentado semanalmente pelas próprias internas. “Essa é uma forma de elas se relacionarem com o mundo exterior e mostrar como é a sua realidade”, conclui Maria Lúcia.
Parlamentar sorocabana (à dir.)
durante entrevista à rádio da Cadeia Feminina

sexta-feira, 20 de julho de 2007

20/07/2007

Presas de Votorantim
podem ser ouvidas em todo Brasil


Projeto da Secretaria de Cultura de
Votorantim consegue alcance nacional


................O programa de rádio "Povo Marcado", produzido e apresentado por detentas da Cadeia Feminina de Votorantim, no interior de São Paulo, agora está disponível para mais de mil emissoras de rádio brasileiras por meio de uma parceria firmada com a Rádio Câmara, em Brasília (DF). A atração é uma das ações do projeto “Arte em cadeia”, desenvolvido pela Prefeitura Municipal de Votorantim, por meio da Secretaria de Cultura, em parceria com a Delegacia Central e apoio de voluntários.
................No conteúdo do "Povo Marcado", programação musical e entrevistas com autoridades, médicos, advogados, entre outros. Os temas são variados, mas o principal objetivo é levar para o ouvinte a real situação do sistema carcerário. As gravações são sempre às terças-feiras no “estúdio-cela”, um local improvisado ao lado do pátio interno. O programa ainda traz quadros como o “Arte da cadeia”, oportunidade para a leitura de textos e poesias, escritos e recitados pelas próprias reeducandas. Depoimentos delas também podem ser ouvidos. Para as presas, essa é uma grande chance de mostrar à sociedade o que realmente se passa por detrás das grades. “Ficamos surpresas com a repercussão gerada, o que era pra ser um projeto de alcance regional tornou-se nacional. Queremos levar isso adiante e quem sabe fazer com que a sociedade não nos subjulgue e que o preconceito em relação aos encarcerados diminua.”, desabafou Viviane Fernandes, apresentadora do programa e que há dois anos cumpre pena.
................A parceria com a Rádio Câmara foi firmada há duas semanas, em Brasília, pelo secretário de Cultura de Votorantim, Werinton Kermes, e o Diretor da emissora da Câmara dos Deputados, Humberto M. S. Martins Pereira. Na ocasião, Kermes apresentou a proposta e explicou qual é a estrutura do programa. A partir de então, todos os detalhes técnicos foram acertados e agora as edições do “Povo Marcado já estão disponíveis no site da emissora
(www.camara.gov.br/radio) e podem ser ouvidos por todos os internautas bem como reproduzido pelas 1.050 emissoras de rádio conveniadas ou mediante citação da rádio.
Segundo Kermes, essa parceria comprova que o projeto tomou proporções maiores do que se esperava. “A repercussão do programa foi muito boa, a sociedade foi receptiva, a mídia se interessou em divulgar e esperamos que o ´Povo Marcado´ ajude a mudar a realidade do atual sistema carcerário brasileiro”, salientou.
................As presas que integram esse projeto têm a orientação voluntária da doutora em Comunicação, Míriam Cris Carlos, da jornalista e radialista Luciana Lopez com auxílio técnico de Davi Alamino e José Carlos Balotim. Os ouvintes podem sugerir temas e deixar comentários através do blog: povomarcado.blogspot.com
................As Rádios que queiram obter mais informações sobre o Programa e acrescentá-lo em sua programação podem entrar em contato com a Secretaria de Cultura de Votorantim pelo telefone (15) 3353-8669.
Luciana Lopez

quarta-feira, 18 de julho de 2007

19/07/2007

..............O Programa Povo Marcado produzido e apresentados pelas detentas da Cadeia Feminina de Votorantim traz como entrevistado nesta semana o secretário de Cultura de Votorantim Werinton Kermes. O entrevistado falou das atividades que são desenvolvidas na cadeia pelo projeto “Arte em cadeia” da Secretaria de Cultura de Votorantim/SP e também como surgiu a idéia do Programa Povo Marcado e a boa repercussão que gerou.
..............O Povo Marcado ainda traz quadros como o “Arte da Cadeia”, com leitura de textos e poesias escritos e recitados pelas próprias reeducandas, depoimentos e programação musical variada.
..............O projeto é uma parceria da Prefeitura Municipal de Votorantim, por meio da Secretaria de Cultura, com a Delegacia Central da mesma cidade e que conta com o apoio de voluntários. As presas que integram o projeto têm a orientação voluntária da doutora em Comunicação, Míriam Cris Carlos, da jornalista e radialista Luciana Lopez com auxílio técnico de Davi Alamino e José Carlos Balotim.

Momento da gravação da programa

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Programa de Rádio realizado dentro da Cadeia Feminina de Votorantim/SP



Detentas de Votorantim
produzem programa de rádio
O projeto é pioneiro no Brasil

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Luciana Lopez

...........O projeto é uma parceria da Prefeitura Municipal de Votorantim, por meio da Secretaria de Cultura, com a Delegacia Central da mesma cidade e que conta com o apoio de voluntários.
...........Produzido e apresentado pelas próprias detentas, o programa “Povo Marcado” vai ao ar por várias rádios comunitárias da região de Votorantim. É gravado às terças-feiras no “estúdio-cela”, um local improvisado ao lado do pátio interno.
...........O programa é composto por programação musical e entrevistas jornalísticas com autoridades. Na primeira edição, em 19/06, o entrevistado foi o Arcebispo Metropolitano de Sorocaba, Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues, que respondeu às perguntas das detentas (também chamadas de reeducandas). Ao fim da entrevista, ele aproveitou para abençoar e fazer uma oração. “Considero essa idéia ótima e acho que deveriam ter mais ações como esta”, diz.
...........Outros programas foram e serão gravados com deputados, promotores, juizes, médicos e outras pessoas que serão entrevistadas pela detenta Viviane Fernandes, de 32 anos, atual apresentadora do programa. Os temas são variados, mas sempre com a intenção de levar para o ouvinte a real situação do sistema carcerário.
............Segundo a diretora da cadeia, Sueli Morales da Silva, o Programa “Povo Marcado” traz mais perspectivas e motivação às presas, pois é uma forma lícita de comunicação com o mundo externo, além de acrescentar informações úteis aos ouvintes. “A melhoria na auto-estima delas é o fator mais importante. O ´Povo Marcado´ é uma daquelas idéias que deveria ter acontecido há muito tempo, já que é uma ótima forma de desmistificar a idéia de que toda pessoa presa é incapaz ou irrecuperável. Na verdade, o que percebemos, é as detentas só necessitam de uma chance, uma oportunidade”, explica a diretora.
.............O secretário de Cultura de Votorantim, Werinton Kermes, diz que esse projeto é apenas um de vários que acontecem. “Acreditamos que é difícil a reabilitação de presos com o atual modelo carcerário, mas não é impossível e é uma responsabilidade de todos, tanto do cidadão, como do Poder Público, em todas as esferas. A grande maioria das presas da cadeia de Votorantim é vítima de um sistema social injusto, e como se não bastasse, vítima de um sistema judiciário elitizado. Fazemos apenas uma ´ponte´ entre elas e a sociedade. Com isto, conseguimos provar que é possível reintegrá-las. Cada uma das 186 detentas (a capacidade da cadeia é de 48 vagas) está aqui por crimes que cometeu, por não se enquadrar nas normas sociais mas, se a pena for cumprida de forma desumana, vão sair piores do que entraram. Se foi presa por roubar um shampoo no supermercado, por exemplo, quando sair poderá cometer crimes mais graves, acredito. Não estamos fazendo um discurso como se compensasse cometer um crime. Só queremos uma cadeia mais humana”, finaliza Kermes.
.............Além de Viviane, outras detentas participam do projeto. Elas organizam todo o material que vai ser inserido nos quadros do programa (momento da poesia, momento de reflexão, voz da mulher, etc.). Para elas, essa é uma grande oportunidade de mostrar à sociedade a realidade da cadeia. “Ao mesmo tempo é uma forma de reintegração social, pois, ampliaremos o nosso contato com o mundo exterior trazendo esses entrevistados até aqui e sanando as nossas dúvidas”, comentou Viviane.
..............As presas que integram o projeto do programa radiofônico “Povo Marcado” têm a orientação voluntária da doutora em Comunicação, Míriam Cris Carlos, da jornalista e radialista Luciana Lopez com auxílio técnico de Davi Alamino e José Carlos Balotim. ..............Além da emissora de rádio comunitária de Votorantim, o Programa é exibido nas rádios comunitárias de outras cidades da região de Sorocaba. A Secretaria de Cultura de Votorantim também negocia com a TV a cabo local a possibilidade de criar a versão televisiva do Programa “Povo Marcado”.
------------As Rádios que queiram veicular o Programa podem entrar em contato com a Secretaria de Cultura de Votorantim pelo telefone (15) 3353-8669.
..............Os ouvintes poderão sugerir temas através do blog povomarcado.blogspot.com

11/07/2007 - Folha de Votorantim

Promotor fala ao "Povo Marcado"
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Reeducanda faz pergunta ao Promotor


O promotor de justiça, Wellington dos Santos Veloso, é entrevistado no Programa "Povo Marcado", produzido na cadeia feminina de Votorantim. Observado por várias reeducandas, ele falou à detenta/entrevistadora Viviane Fernandes sobre vários assuntos de interesse da população carcerária. O programa é um projeto da Secretaria Municipal de Cultura de Votorantim.

Diversos sites noticiaram o "Povo Marcado" - confira!

Site "Portal Imprensa"


Últimas Notícias - 11/7/2007 .

Por Nathália Duarte/ Redação Portal IMPRENSA


Um projeto elaborado pela Secretaria de Cultura da cidade de Votorantim, com apoio da Polícia Civil.
Criada com o objetivo de motivar as presas e criar uma forma de contribuir para a ressocialização das detentas, a Rádio é um dos frutos do projeto “Arte na Cadeia”. “Com uma cadeia superlotada localizada no centro da cidade enfrentávamos muitos problemas, tínhamos que lidar com muitas rebeliões e o projeto inicial visava levar atividades culturais que realizávamos na periferia para dentro da cadeia”, conta o jornalista e secretário da Cultura de Votorantim, Werinton Kermes.
Segundo explica Kermes, 97% das presas está lá por envolvimento com drogas e parte delas são usuárias que precisam de tratamento. “Percebemos que a grande necessidade que elas tinham era falar, expressar aquilo que pensam e sentem. Outra coisa que detectamos é que o grande companheiro das detentas é o rádio”, afirma.
Em um estúdio com mesa de gravação e computador, montado em uma cela da Cadeia Feminina de Votorantim, na região de Sorocaba, as seis detentas que tocam o dia-a-dia da rádio são orientadas pela jornalista Luciana Lopez e pela doutora em Comunicação Miriam Cris Carlos. Outras detentas estão sendo treinadas e algumas até já lêem livros sobre comunicação. “Não foi muito fácil conseguir autorização para a rádio porque as autoridades temiam que as presas usassem o meio para mandar recados”, conta Kermes, que completa: “O projeto está mudando a vida delas”.
O programa de entrevistas realizado pelas detentas tem duração de uma hora e é, atualmente, transmitido pela rádio local FM Tropical, além de duas outras rádios comunitárias da região. O conteúdo também está disponível em um
blog da Rádio Povo Marcado e as presas que assistem ao programa são convidadas a participar e podem fazer perguntas ao entrevistado da semana.
Os entrevistados são sugeridos pelas próprias detentas e, de acordo com Kermes, grande parte dos convidados tem aceitado participar. “O programa tira as autoridades de seu escritório e as leva para dentro da cela onde serão entrevistados. São pessoas que direta ou indiretamente decidem a vida delas”, explica.
A novidade é que, a partir de agosto, será exibida a TV Cela, produzida também pelas detentas. As transmissões serão feitas por uma emissora de Sorocaba e uma de Votorantim. Em primeira mão, Werinton Kermes conta ao Portal IMPRENSA que a Rádio Câmara, que fornece material para rádios de todo o país, disponibilizará, a partir da próxima segunda-feira, o programa da Rádio Povo Marcado para as 1.050 rádios conveniadas.

As rádios que quiserem retransmitir o programa da Rádio Povo Marcado devem entrar em contato com a Secretaria da Cultura de Votorantim, por meio do telefone (15) 3353-8670.

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Site "Globo.com (G1) "

11/07/2007 - 10h10 - Atualizado em 11/07/2007 - 11h12

Presas fazem programa de rádio de dentro da cadeia

''Povo Marcado" estreou há menos de um mês em Votorantim, a 102 km de São Paulo.
No programa, detentas falam da realidade carcerária e fazem entrevistas.


Do G1, em São Paulo

Há pouco menos de um mês, presidiárias da Cadeia de Votorantim, a 102 km de São Paulo, têm uma hora por semana para levar seu dia-a-dia à comunidade. Desde 19 de junho, elas fazem o programa Povo Marcado, produzido dentro do presídio. O programa é apresentado pelas próprias detentas, de uma cela-estúdio, no pátio da cadeia. A idéia é que uma delas apresente a cada três meses. Atualmente, o presídio, que tem lugar para 48 presas, abriga 172. Antes de assumirem o microfone, as detentas, chamadas de reeducandas, receberam orientação de jornalistas voluntários. Também participam voluntariamente os auxiliares técnicos que ajudam na realização do programa. O “Povo Marcado” dura uma hora e, além de músicas e leitura de poesias feitas pelas presas, tem entrevistas com médicos, autoridades e advogados. Do outro lado da grade, as detentas podem participar fazendo perguntas aos convidados.

O primeiro entrevistado foi o arcebispo de Sorocaba, dom Eduardo Benes de Salles. Ele aproveitou para rezar com as detentas. Em seguida, foi a vez da médica infectologista Vilma Carmona Gonçalves, que falou sobre dependência química. O programa é veiculado todas as quartas-feiras, ao meio-dia, pela Rádio Nova Tropical FM, de Votorantim, com reprises aos sábados. Rádios comunitárias de outras duas cidades da região de Sorocaba: Iperó e Boituva. A Secretaria de Cultura de Votorantim também negocia com a TV a cabo local a possibilidade de criar a versão televisiva do programa. Para falar do Povo Marcado e abrir um canal de comunicação com a comunidade, foi criado também um
blog para o projeto.

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comentários no site da Globo.com (17)

Luiz Cunha12/07/200709h24
bacana, grandioso, dando voz à uma parcela da população que não tem sua cidadania reconhecida. parabéns pela iniciativa.

pabliana 11/07/200719h21
acho importante este projeto social, porque todos merecem uma oportunidade

Djalma11/07/200717h07
Boa oportunidade para essas pessoas!Agora, só imagino o conteúdo dessa rádio.

rodrigo gondim paulo neto11/07/200715h37
aqui na paraiba em guarabira tem o projeto pioneiro da ´radio esperança´ de detentos com o apoio do poder judiciario e ministerio publico, bem legal!


RENATA ALVES11/07/200714h54
EU ACREDITO QUE ATRAVEZ DESTA OPORTUNIDADE OUTRAS PORTAS POSSAM SE ABRIR,MESMO PORQUE NINGUÉM É PRESO POR OPÇÃO...É A 1ª VEZ QUE VEJO ESSE TIPO DE INCLUSÃO SOCIAL.APESAR QUE NA VERDADE A CADEIA É COMO SE FOSSE UMA ESCOLA PARA O CRIME. TORÇO PARA QUE ESSE PROJETO SE AMPLIE CRIANDO NOVAS OPORTUNID


laila maria da silva reis11/07/200714h50
muito bom,isso ñ acaba com os problemas de nosso país,mais ameniza um pouco.

Carlos Moreira Mazza11/07/200714h44
A salvação destas pessoas esta em projetos como este ,precisamos de menos rejeição da sociade , pois empregar um presidiario aqui fora se torna muito dificil , então é preciso a qualificação. Prabens pela iniciativa torcemos para dar certo.

Joel11/07/200713h52
Gostei,é uma idéia louvavél,e deveria ser seguida por outros presidios com total apoio governamental

margarida nunes11/07/200713h51
muito bom ! essa é a forma correta de tratar uma pessoa dando-lhe oportunidades ñ redusindo pena em troca de favores.

Maria Lucinda11/07/200713h36
acho muito importante esse investimento nas detentas,pois só a educação muda o ser humano.

Maria Lucinda11/07/200713h36
acho muito importante esse investimento nas detentas,pois só a educação muda o ser humano.


Adriana Silva11/07/200713h21
Acho que qualquer iniciativa para reassocialização , é importante tanto para as reenducadas quanto a própria sociedade. Essas pessoas precisam sim pagar pelos seus crimes, porém precisam também de novas oportunidades perante a sociedade.


Gaspar11/07/200713h14
O projeto deve incluir aulas de cidadania, ética, relações interpessoais e cursos de aprendizagem; para que não torne a idéia uma utopia ou momentânea... só assim, as participantes podem realmente podem obter a inclusão pós-carceragem... mas já é um começo...


Gilberto - Natal 11/07/200712h46
JÁ É UM BOM COMEÇO. TODOS TEM O DIREITO DE RECOMEÇAR.

Stars11/07/200712h37
k legal,ótima oportunidade p/as presas

Klaus G Schossland11/07/200711h54
Penso ser uma forma de ressocializar quem vive a margem da sociedade. Uma forma de elas darem o desabafo e se tornarem de certa forma úteis, para as demais.

israel maycon11/07/200711h48
Surpreendente e muito humana,essa oportunidade que estão dando a essas detentas cheias de ideias boas.Com iniciativas como estas o brasil só tem a crescer.
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Blogs



20/06/2007
Povo Marcado
Dá uma olhada neste blog. Eu achei a iniciativa emocionante.
http://www.povomarcado.blogspot.com/
Blog do Programa de Rádio "Povo Marcado", produzido e apresentado pelas detentas da Cadeia Pública Feminina da Cidade de Votorantim, aqui coladinha com Sorocaba.
Escrito por Renata às 20h51
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Detentas de Votorantim
produzem programa de rádio
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Presa fazem programa
de rádio de dentro da cadeia
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Site "Observatório da Imprensa"
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Rádio Povo Marcado
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Reportagem de José Maria Tomazela no Estadão de hoje divulga a atividade de uma rádio comunitária criada na cadeia feminina de Votorantim, interior paulista. Há três semanas, o arcebispo de Sorocaba, Dom Eduardo Bentes Rodrigues, foi à cadeia dar entrevista na estréia da Rádio Povo Marcado.
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Site "Oi Internet"
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Detentas de Votorantim fazem
programa de rádio sobre sua rotina
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Site "Gosto de Ler"
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Detentas de Votorantim
produzem programa de rádio
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Site "O Liberal"
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No ar:
Rádio Povo Marcado estréia
direto da cadeia no interior de São Paulo

Matéria publicada no jornal "Estado de S.Paulo"

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Primeiro programa de rádio teve como entrevistado o arcebispo de Sorocaba

No rádio, o dia-a-dia de
detentas do interior de São Paulo

Com o programa, cadeia de Votorantim
não tem rebeliões e fugas de presas

José Maria Tomazela, do Estadão
11 de julho de 2007 - 10:32
VOTORANTIM, São Paulo
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Diante do espelho, a apresentadora Viviane Rodrigues, de 32 anos, retoca o batom, repassa o lápis em torno dos olhos azuis, ajeita os cabelos compridos e, em seguida, assume o microfone à frente do entrevistado, d. Eduardo Bentes Rodrigues, arcebispo de Sorocaba, no interior paulista. O estúdio, com mesa de gravação e computador, fica numa cela da Cadeia Feminina de Votorantim, a 100 quilômetros de São Paulo, na região de Sorocaba.
A entrevista com o bispo, realizada há três semanas, marcou a estréia da Rádio Povo Marcado, a primeira rádio comunitária a funcionar, pelo menos legalmente, no interior de uma prisão. O promotor de Votorantim, Wellington Veloso, foi o entrevistado no dia 3. O projeto foi elaborado pela Secretaria de Cultura da cidade, com o apoio da Polícia Civil.
Segundo a delegada Sueli Morales da Silva, diretora da cadeia, a rádio motiva as presas e ajuda a reduzir as agruras de uma prisão superlotada. O prédio tem capacidade para 48 detentas, mas abriga atualmente mais que o triplo disso: 172 mulheres. “É uma forma também de contato com a sociedade, o que deve ajudar na ressocialização quando saírem”, diz Sueli.
É o caso da apresentadora Viviane. Condenada por tráfico de drogas, está cumprindo pena e espera vaga no sistema prisional para ser transferida. “Enquanto não acontece, tento ser útil e ajudar as outras presas”, afirma.
Viviane, que tem uma filha de 7 anos, quase terminou o segundo grau. Era auxiliar de faturamento e tinha uma vida comum, mas foi levada ao tráfico pelo marido. Presa há um ano, relutou em se expor, com medo “do que vão pensar lá fora”. Por fim, aceitou o convite. “Vi que a rádio era uma forma de levar para as pessoas a situação real aqui dentro.”
A presa Valdirene Gomes, de 25 anos, compôs a trilha sonora do programa de entrevistas. A música fala do drama das presas e do sonho de liberdade. Também foi presa por tráfico, assim como Raquel Aparecida da Costa, de 20 anos, responsável pelas reportagens e entrevistas com outras detentas.
O programa, de uma hora, é retransmitido pela FM Tropical, emissora local, e por duas rádios comunitárias da região. Também está disponível em um
blog na internet.
Lágrimas
As presas, que assistem às atrações da rádio no pátio da cadeia, são convidadas a participar. Pelo menos três fizeram perguntas ao arcebispo de Sorocaba. Uma delas, Angélica, chegou a chorar ao perguntar o que poderia ser feito para evitar, lá fora, a discriminação contra as presas.
“Seria bom se a sociedade visitasse os presídios”, disse d. Eduardo. A apresentadora reclamou que padres e freiras não visitam os presos. O bispo prometeu que a diocese dará mais atenção às detentas. No fim do programa, todos rezaram.
O secretário de Cultura de Votorantim, Werinton Kermes, tem planos maiores. Está gravando um programa com as detentas para ser veiculado num canal educativo regional de TV a cabo. Ele acredita que a comunicação pode ser uma “ponte” entre as presas e a sociedade.
Sem rebeliões
As seis detentas que tocam o dia-a-dia da rádio são orientadas pela jornalista Luciana Lopez e pela doutora em comunicação Miriam Cris Carlos. Outras detentas estão sendo treinadas. Algumas lêem livros sobre comunicação. Por causa do excesso de lotação, a cadeia feminina tem um grande histórico de rebeliões, tentativas de fuga e protestos.
Este ano, não houve fugas nem rebelião desde que, além da rádio, as presas ganharam biblioteca e cursos de bordado e fotografia.