quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Povo Marcado no SESC Copacabana

Diretores do documentário “Povo Marcado” e o contador
de histórias Zé Bocca participam de Simpósio no Rio de Janeiro

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O contador de histórias Zé Bocca, do Núcleo de Contação de Histórias de Votorantim (SP), e os diretores do documentário “Povo Marcado”, Werinton Kermes e Luciana Lopez, representam a região no “Simpósio Internacional de Contadores de Histórias” que será realizado no Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro, entre os dias 27 a 30 de novembro.
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Nesta sétima edição o evento homenageia o centenário de Almirante (Henrique Foréis Domingues), a maior patente do rádio brasileiro e criador do programa “Incrível – fantástico – extraordinário” sucesso nas décadas de 30 e 40.
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Durante o evento será exibido o documentário “Povo Marcado”, que enfoca o programa de rádio de mesmo nome criado na Cadeia Feminina de Votorantim. O programa é produzido pelas detentas e pode ser retransmitido para mais de mil emissoras através da Rádio Câmara. Após a exibição, Werinton Kermes e Luciana Lopez, vão participar de uma mesa redonda para mostrar como é possível fazer inclusão social através de um programa de rádio.
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Dentro da programação, o contador de historias Zé Bocca também fará uma apresentação falando da importância da oralidade. Bocca que já participou de outros simpósios explica que o evento proporciona ao público 24 horas ininterruptas de contos. “É uma grande honra ser convidado para o Simpósio. Isso mostra que Votorantim é referência hoje na narração oral, então essa é uma repercussão positiva do trabalho desenvolvido na cidade”, disse Bocca.


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Cristiane Carvalho

28 de novembro de 2008 – sexta-feira

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9h30 –
Histórias Que Transformam: A Inclusão Social Nas Ondas Do Rádio, mesa temática com Werinton Kermes, Luciana Lopez e Marcos Bittencourt.
Durante a mesa haverá a exibição do documentário Povo Marcado, sobre o programa de radio desenvolvido na cadeia publica feminina de Votorantim, dirigido por Werinton Kermes e Luciana Lopez. Mediadora: Daniele Ramalho

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12h – Narradores Orais: Um Patrimônio Imaterial, mesa temática com Rosana Mont’Alverne e José Bocca (retirei representante do IPHan). Mediadora: Benita Prieto

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domingo, 16 de novembro de 2008

Povo Marcado foi exibido para detentas de Rondônia‏







O documentário "Povo Marcado" foi exibido para detentas de Rondônia em uma operação inédita que levou cerca de 180 presas para o cinema.
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Abaixo estão algumas matérias publicadas sobre a exibição, ocorrida em Porto Velho nesta quarta-feira, 12/11/2008, na mostra de Direitos Humanos do Fest Cine Amazônia.
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Presenciamos o evento e podemos dizer que foi uma ação de extrema importância para valorização dos direitos humanos. Sem contar a emoção de ver um trabalho realizado na nossa região (Votorantim/SP) servir de exemplo lá em Rondônia.

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Luciana Lopez e Werinton Kermes, diretores do filme,

ladeiam o juiz titular da vara de execuções penais

da comarca de Porto Velho, Sérgio Willian


Apenadas da Penitenciária Feminina de

Porto Velho vão ao cinema do Festcine Amazônia




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Fonte: Governo do Estado de Rondônia12 de Novembro de 2008










De forma inédita, todas as 170 apenadas da Penitenciária Feminina de Porto Velho prestigiaram na manhã desta quarta-feira (12) no Teatro do Sest-Senat, o documentário "Povo Marcado", como parte da mostra de Direitos Humanos da 6ª edição do Festcine Amazônia -Festival de Cinema e Vídeo Ambiental.




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O evento contou com a presença do secretário adjunto de Justiça de Rondônia, Gabriel Tomasete, do juiz titular da Vara de Execuções Penais da Comarca de Porto Velho, Sérgio Willian, e do diretor-geral do Sest-Senat, Luiz Marques.
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Os autores de Povo Marcado, Werinton Kermes e Luciana Lopes, retratam a experiência pioneira de um programa de rádio produzido e apresentado pelas próprias reeducandas da Cadeia Pública de Votorantin, em São Paulo.
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Esse programa que é inédito no país, não fica só para as detentas, vai para a sociedade, através da rádio comunitária e rádio Câmara, onde elas entrevistam autoridades, médicos, artistas, pessoas não só relacionadas ao mundo carcerário. Também tem a parte artística, cultural e musical. Tudo com o apoio técnico de voluntários, explicou Luciana.
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Kermes disse que a experiência de divulgação em Rondônia está sendo única e parabenizou o Judiciário por perceber a boa vontade em melhorar o Sistema. Para nós essa oportunidade está sendo inédita e vamos levar isso como exemplo para São Paulo, afirmou.
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Na ocasião, Sérgio Willian destacou os principais benefícios da iniciativa cultural. A importância primordial é a aproximação da comunidade com a população carcerária, e também das presas com a própria comunidade, de forma que elas se sintam protegidas, valorizadas e respeitas pela população, relatou.
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Fernanda Kopanakis, que faz parte da Coordenação do Festival, enfatizou o papel social do evento junto às apenadas. A gente fica muito feliz, inclusive pela reação delas, penso que é um momento único tanto para o Festival, quanto para elas, por esse espaço lúdico do cinema. Acredito que ações como as promovidas na Cadeia Pública de Votorantin, são uma forma de dar um pouco de esperança e resgatar a cidadania dessas mulheres, revelou.
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Após a apresentação do documentário, a reeducanda Marilene Botelho, campeã do Torneio de Poesias realizado recentemente entre os presídios da Capital, soletrou com muita emoção a sua poesia que retratava a vida atrás das grades, e que foi bastante aplaudida pelo público.




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Autor: A/I SEJUS - Secretaria de Justiça














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Festcine Amazônia exibe



os filmes Socorro Nobre e



Povo Marcado



na Mostra Direitos Humanos



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Geral - , 13/11/08 14:25



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A manhã dessa quarta-feira (12 de novembro) ficará para sempre na memória das mais de cento e oitenta detentas que estiveram no Teatro do SEST/SENAT para assistir aos documentários "Socorro Nobre", de Walter Salles, e "Povo Marcado", dirigido a quatro mãos por Werinton Kermes e Luciana Lopez. Esta população carcerária feminina de Porto Velho com certeza se identificou com os temas abordados nos dois filmes exibido pelo Festcine Amazônia na Mostra Direitos Humanos.



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Os organizadores do Festival realizaram um feito duplamente inédito: Conseguiu, depois de muita negociação e apoio do Juiz Titular da Vara de Execuções Penais da Comarca de Porto Velho, Sérgio William Domingues Teixeira, a liberação das presas para que pudessem assistir aos filmes. Graças à sensibilidade de quem entende e sabe que o cinema possui poder renovador, a escolha acertada de dois documentários que, pudemos afirmar couberam como uma luva na realidade daquelas mulheres. Ponto para o Festcine Amazônia que diz "SIM" aos direitos humanos.



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O título do documentário vem do nome de um programa de rádio produzido por detentas da cadeia pública de Votorantin, em São Paulo. O documentário mostra esse projeto e a necessidade de receber oportunidades de atuação e trabalho durante o cumprimento das penas.



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O documentário mostra, de forma contundente e direta, que o programa de rádio traz a certeza de que o encarcerado, além de pagar por um crime que cometeu, necessita também de uma oportunidade, tanto de trabalho quanto de voz.



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"Povo Marcado foi realizado a partir de um trabalho desenvolvido por quem não tinha expectativa nenhuma e que fez emergir nos meios de comunicação um universo de vozes caladas, que desejam ser ouvidas, por mais incômodas que possam ser as mensagens que elas veiculam", explica a co-diretora, Luciana Lopez, jovem jornalista que foi capturada pelo cinema documental através da amizade do outro diretor do filme, o jornalista, fotógrafo e cineasta, Werinton Kermes, que lançou o livro "Política e ação cultural" na noite de abertura da edição 2008 do Festcine Amazônia, na noite de segunda-feira (10 de novembro).



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Luciana Lopez conta que a idéia do documentário surgiu pelo seu envolvimento juntamente com Werinton num projeto de rádio, "daí então resolvemos documentar de forma áudio visual este projeto, inédito no Brasil, onde as detentas produzem o programa que é realizado dentro da cadeia, transmitido pela rádio comunitária local e também pela internet, através da Rádio Câmara, e que fica disponível para várias rádios do país".



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A diretora afirma ainda que o roteiro foi sendo escrito à medida que o documentário estava sendo realizado. "Conforme vinham os entrevistados das detentas, aparecia um personagem novo, desta forma o roteiro foi definido conforme o projeto ia ocorrendo".



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Werinton Kermes ressalta a importância do projeto, pois ajuda na reintegração das detentas na sociedade. "Por isso nossa intenção é divulgar este trabalho em todo o Brasil, e para o mundo, pois o documentário está inscrito em diversas Mostras internacionais".



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Luciana e Werinton foram unânimes ao destacar a grandeza do Festcine Amazônia que já destaque em todo o país. "Participar do Festcine que é um Festival que mesmo fora do eixo Rio - São Paulo consegue alcançar uma visibilidade fantástica representando a região Norte. Para nós está sendo muito importante estarmos aqui em Rondônia para podermos exibir nosso filme exatamente para as detentas, que é nosso público alvo".



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Fernanda Kopanakis falou que ao longo dos seis anos do Festival, os organizadores vêm criando outros espaços que normalmente não são espaço de cinema, como terreiros de Candomblé, bairros da periferia, comunidades ribeirinhas, públicos que na maioria das vezes não têm acesso a uma sala de cinema.



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"A idéia de trazer as detentas do presídio feminino aqui para o SEST/SENAT realmente vem a calhar com esta Mostra denominada Direitos Humanos, considerando que em 2008 a Declaração Universal dos Direitos Humanos. É mais uma programação dentro do Festcine. Acredito que este momento para elas é realmente especial, assim como está sendo para nós que fazemos o Festival.



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O Juiz Sério William enfatizou que "esta promoção do Festcine Amazônia é de fundamental importância por aproximar a população carcerária da comunidade, de certo forma trazer a comunidade mais perto para conhecer a realidade das detentas. Os dois filmes que assistimos demonstraram idéia do resgate individual, da necessidade do apenado se conscientizar da necessidade de mudanças, pois elas estão passando por um momento de suas vidas, mas todas podem sair dessa fase e viver de forma digna, honesta e honrada".



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"Os dois filme que acabamos de assistir mostra a realidade do mundo que eu vivo", disse a detenta Neoclice Cristo – "Existem sorrisos de alegria, mas tudo aparentemente, por traz de tudo isso existe muita tristeza. Por isso a importância dos dois filmes para que as pessoas que estão aqui fora tenham conhecimento da nossa realidade. Gostaria muito que estes filmes fossem mostrados em mais lugares, divulgados, pois mostram a nossa realidade, o dia-a-dia dentro de um presídio feminino".



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A detenta Eliane Coutinho ressaltou que achou os filmes interessantes por mostrar o "outro lado", ou seja, o lado de dentro da cadeia e se identificou com aquelas mulheres mostradas, pois da mesma forma ela também tem esperança de que a sua vida também pode mudar. "Qualquer uma de nós realmente se sentiu identificada, pela família, pelos filhos, pela incompreensão da sociedade", finalizou.



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Além da exibição dos dois documentários aconteceu ao final da Mostra, a apresentação do poeta Eliakin Rufino que declamou um poema em homenagem as detentas. Na ocasião também foi exibido o vídeo institucional da 6ª edição do Festcine Amazônia. A 6ª edição do Festival com o tema "Não – A Natureza não pode sair de cena" acontece em Porto Velho, Rondônia no período de 10 a 15 de novembro no SESC ESPLANADA, com entrada franca. O Festcine Amazônia conta com o patrocínio da Petrobras, Ministério da Cultura através da Lei Rouanet, Fundo Nacional de Cultura, tem ainda o apoio cultural da senadora Fátima Cleide, deputado federal Eduardo Valverde, IBM, Governo de Rondônia, Secel, Semed, Fecomércio e parceiros da mídia rondoniense.



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Fonte: Rondonoticias

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